Modelo familiar ganhou estilo mais consensual após o primeiro facelift, além de mudanças mecânicas que melhoram o desempenho.
CHEVROLET SPIN LTZ AUTOMÁTICA (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Ser sexy não é exatamente um atrativo que atribuímos aos familiares de sete lugares. Entretanto, a Spin parece ter feito as pazes com a prancheta na versão LTZ. A reestilização caiu melhor nela do que na aventureira Activ. A configuração parte de R$ 78.490 e pode chegar aos R$ 83.290 com pintura metálica e câmbio automático de seis marchas. O valor pode parecer salgado, mas somente a Spin leva sete pessoas por esse preço.
Os retoques deram mais equilíbrio visual. O capô envolvente encobre parte dos faróis, que ficaram mais afilados e contam com luzes de posição de LED. As lanternas horizontais diminuem um pouco a sensação de estar diante de um carro muito alto (1,69 metro).
Como é levar sete pessoas
E foi justamente nessa praticidade “única” que a Chevrolet investiu. A segunda fileira de bancos ganhou trilho corrediço e pode ser empurrada cinco centímetros à frente ou seis centímetros para trás, o que dá mais espaço para quem vai nos dois últimos bancos, além de permitir o ajuste de inclinação. Os bancos dianteiros também tiveram as costas redesenhadas para liberar 2,6 centímetros extras.
CHEVROLET SPIN ACTIV LTZ 2019 (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Quanto a quem vai lá atrás, o acesso é facilitado pelo rebatimento do banco do meio, que pode ser escamoteado por inteiro. Mas a terceira fileira ainda será ideal para passageiros de até 1,70 metro, preferencialmente crianças.
Falando nos pequenos, a Chevrolet inseriu na fileira central Isofix (ganchos para a fixação de cadeirinhas) e Top Tether, ancoragem extra na parte de trás do encosto. Outras novidades são o encosto de cabeça e o cinto de três pontos central. Tais reforços deveriam ter sido acompanhados por airbags de cortina e laterais e controles de tração e de estabilidade. De acordo com fonte ligada ao fabricante, Spin e Cobalt não receberão as salvaguardas nesta geração atual.
CHEVROLET SPIN ACTIV LTZ 2019 (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Há um outro detalhe. Quando em uso, o terceiro banco tolhe um bocado o espaço para bagagens, que fica reduzido a 162 litros, contra 553 litros quando rebatido. Você terá que optar por um bagageiro externo caso queira viajar com sete ocupantes. A última fileira também não fica rebatida por completo como era na antecessora Chevrolet Zafira.
Custo-benefício
Por dentro, os bancos de couro e os apoios de braço das portas marrons dotados de costura aparente em azul melhoraram a impressão de simplicidade. O painel, que ganhou faixa com textura no mesmo tom do revestimento, agora tem velocímetro e conta-giros analógicos, mas senti falta do prático mostrador de velocidade digital.
Os itens incluem ar-condicionado, couro, multimídia MyLink compatível com Android Auto e Apple CarPlay, banco com ajuste de altura, trio elétrico, sensor de ré e terceira fileira. Tal como a Activ, a LTZ ganhou câmera de ré com linhas guias (fixas), sensores de chuva e de luz, ajuste de altura dos faróis e luzes de posição de LED. O sistema OnStar oferece concierge e outros serviços (inclusive localização) e já havia sido introduzido na Spin em 2017. Entre retoques novos e antigos, o Chevrolet tornou-se um carro mais agradável para quem vai em qualquer um dos bancos.
Impressões ao dirigir
Os reajustes em motor e câmbio ajudaram na pista. A Spin renovada foi de zero a 100 km/h em 11,4 segundos, contra os 12,9 s da antiga. A retomada de 60 a 100 km/h baixou de 7,6 s para 6,8 s. Somente o consumo ficou na mesma média: foram 7,9 km/l de etanol na cidade e 10,7 km/l na estrada, contra 8,3 km/l e 10,4 km/l da antiga.
No dia a dia, o bom torque em baixa dá agilidade e a direção elétrica macia é daquelas que facilitam virar esquinas retas ou manobrar. A suspensão foi recalibrada e, se não impede que o carro incline um pouco mais nas curvas, ao menos oferece conforto de rodagem razoável. Alguns barulhinhos são ouvidos no interior.
Por outro lado, a ergonomia deve um botão mais bem localizado para regular retrovisores e ajuste de profundidade do volante e também aletas para trocas de marcha na coluna de direção, uma vez que os comandos na manopla são pouco práticos. As colunas dianteiras largas também atrapalham um pouco a visibilidade.
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